O medo é um sentimento natural
que nos acompanha. Esse sentimento é necessário, pois nos serve de alerta para
nossas impulsividades que muitas vezes nos fará sofrer. Mas quando ele paralisa
nossas ações inibindo nossas iniciativas ele neutraliza nossas melhores possibilidades,
nossa criatividade, nossa intuição, nossas especulações para um aprendizado.
Assim como o medo nos salva mediante um perigo eminente, ele pode nos levar a
desastres irreparáveis.
Desde sua criação, a humanidade é guiada pelo
medo como forma inicial de proteção. Com a evolução este sentimento se
transformou em arma inibidora, utilizado por alguns, cujos objetivos
políticos, sociais, capitalistas e até domésticos como forma de controle
absoluto.
O medo nos impede quase sempre
de nos enxergarmos como realmente somos, como se não houvesse possibilidade de sermos
quem somos. Sentimo-nos sufocados por paradigmas que não condizem com a nossa
realidade pessoal. E então a insignificância nos alcança, deixando-nos impotentes
perante nós mesmos. Permitimo-nos sermos usados pelo desconforto de apontamentos
de terceiros que comandam nossas vidas sem nos darmos conta do que realmente
somos capazes. E assim ficamos aparentemente confortáveis, pois não nos
sentimos responsáveis pelas nossas vidas.
Tomar decisões sejam elas quais forem requer
responsabilidade, compromisso com a verdade que acreditamos. Requer coragem,
pois temos um preço a pagar pelas escolhas. Temos como hábito culpar os outros
pelas nossas não escolhas e isso acarreta mágoas, decepções, e tristezas profundas.
Portanto analisemos a nós mesmos, tenhamos coragem de conviver com nossos medos,
sem contudo deixar que eles comandam nossas vidas.
O apóstolo Pedro, por medo negou Jesus três
vezes e o medo de Paulo de Tarso trouxe o evangelho para o mundo. Quais desses
medos queremos vivenciar?
Pensemos sobre isto.
19/05/2012 às 20.20hs, por Mariza Martins Nunes.
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