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sexta-feira, 15 de março de 2013

Qual é a Sua Fé?


A definição de Fé segundo a Wikipedia:


 (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia[1] ) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.









A FÉ NA UMBANDA

Rubens Saraceni 

                 A Umbanda é uma religião eminentemente espiritista e espiritualizadora. Portanto, a fé 
professada pelos seus praticantes, médiuns em sua maioria, exige uma crença forte 
em Deus e na existência do mundo espiritual que interage o tempo todo com o plano 
material. Analogicamente, podemos comparar a crença umbandista à do cristianismo, 
que tem em Deus o Criador Supremo (Olodumare ou Olorum) e em Jesus o seu maior 
mistério (sincretizado com Oxalá). Mas, tal como no cristianismo há as coortes de 
anjos, arcanjos, querubins, serafins, etc., na Umbanda há hierarquias de Orixás 
(Ogum, Xangô, Oxóssi, Iemanjá, Oxum, Iansã, etc.) que têm funções análogas, ainda 
que sejam enfocadas e cultuados segundo rituais próprios. 
Para entender a fé na Umbanda é preciso mergulhar fundo em sua essência religiosa, 
porque um umbandista convicto não é uma pessoa contemplativa e interage o tempo 
todo com o mundo espiritual e também com o universo divino, já que é, em si um 
templo vivo e através do qual os Sagrados Orixás manifestam Suas vontades. A fé, na 
Umbanda, é mais que uma questão de crença. É um verdadeiro ato de fé, pois um 
umbandista é o meio natural por onde a religião flui com intensidade e mostra-se em 
toda a sua grandeza e divindade, ainda que de forma simples e adaptável às 
condições do seu adepto. 
A fé, na Umbanda, transcende e torna-se um estado de espírito através do qual são 
realizadas as engiras ou sessões de atendimento das pessoas necessitadas de auxílio 
espiritual e de orientação doutrinária e religiosa. Fé, na Umbanda é sinônimo de 
trabalho em prol do próximo, de evolução consciencial e transcendência espiritual para 
os seus adeptos e seus médiuns praticantes. A fé é ensinada como a integração da 
pessoa ao seu Orixá Regente, que é sua ligação superior com Deus, com Oludumare, 
o Senhor do nosso destino e da nossa vida. Crer em Deus e nos Seres Divinos 
manifestadores dos Seus Mistérios Sagrados é natural nos umbandistas e dispensa 
maiores esforços nesse sentido, já que a mediunidade é o meio mais rápido de 
integração com Ele e Seus manifestadores, os Orixás. 
A Umbanda é Sagrada porque é uma religião onde os mistérios de Deus têm uma 
feição humanitária e estão voltados para nossa evolução e nosso amparo espiritual, 
assim como de todas as pessoas que frequentam seus templos, também 
denominados de tendas. Cremos em um Criador Supremo; cremos na existência das 
hierarquias divinas; cremos na manifestação dos Sagrados Orixás através da 
incorporação de suas vibrações mentais; cremos na existência do mundo espiritual; 
cremos na interação deste mundo superior com o nosso mundo material. 
Enfim, a fé, na Umbanda é mais que uma questão de crença, é um estado de espírito 
e é muito mais que o ato de crer em Deus, é o ato de realizar-se Nele, enquanto seres 
espirituais gerados por Ele, o Senhor Olorum, o nosso Divino Criador! 




A Fé segundo Evangelho Espirita Allan Kardec


 E depois que veio para onde estava a gente, chegou a ele um homem que, posto de joelhos, lhe dizia: Senhor, tem compaixão de meu filho, que é lunático e padece muito; porque muitas vezes cai no fogo, e muitas na água. E tenho-o apresentado a teus discípulos, e eles o não puderam curar. E respondendo Jesus, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco, até quando vos hei de sofrer? Trazei-mo cá. E Jesus o abençoou, e saiu dele o demônio, e desde àquela hora ficou o moço curado. Então se chegarão os discípulos a Jesus em particular e lhe disseram: Por que não pudemos nós lançá-lo fora? Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19).

2 – É certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. Mas, então, é somente no seu sentido moral que devemos entender estas palavras. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade de vitória.

3 – Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas
A fé e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.

– Necessário guardar-se de confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se alia à humildade. Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do quem em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele. E por isso que os Bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os malogros que lhes são infligidos.

– O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.




A Fé segundo a Igreja Católica 


No Antigo Testamento, o termo “fé” é utilizado basicamente para expressar um relacionamento interpessoal com Deus. “Crer, de fato, significa, no AT, entregar-se a Deus (Gn 15,6; Ex 14,31; Nm 14,11), entregar-se à palavra salvífica de um Deus que conduz a história e que fez aliança primeiro com os pais e depois com ‘seu povo’, Israel” (Latourelle, 1994, p. 319).

Desde Abraão, a palavra de Deus já trata de crença e de fé.
Em Gn 22,1 a fé de Abraão é testada e esse, além de mostrar uma obediência fiel à voz de Javé, expressa também uma confiança firme em Deus (Gn 22,8-14). Aqui fé, obediência e confiança caminham juntas. O termo “fé” é utilizado para designar o ato de ser firme e fiel a algo. Trata-se ainda do ato de aceitar algo como firme ou verdadeiro.
Na Antiga Aliança, Deus se revela ao povo escolhido. Por amor, Javé revela-se a seu povo, esse do qual o próprio Senhor espera uma resposta pessoal, que se manifesta na adesão de Sua palavra e vontade, ou seja, na fé. A partir da revelação de Deus é que se torna possível ter fé.

Ao revelar-se, Javé muitas vezes utiliza-se de pessoas escolhidas para a transmissão de Sua palavra e plano de amor. Nesses eleitos, a palavra de Deus é reconhecida e aceita pela fé dos crentes. Ligando-se a esses mensageiros, os crentes unem-se em torno de um ponto único, formando assim uma comunidade, um povo eleito. Como em Moisés, onde o povo se une para libertar-se da escravidão do Egito, e assim receberem a terra prometida por Javé.

Com Moisés o povo de Israel aceitava sua história e experiência, mas também o fato de ele ser um enviado de Deus para ser seu guia. Professavam que esses guias eram homens de fé, ou seja, que eram verdadeiros e acatavam assim suas ordens.
Aqui novamente fé, obediência e confiança andam juntas, e levarão o povo eleito à pátria prometida. Os crentes devem dessa vez ter fé na pessoa do eleito de Deus e na palavra do Senhor, que se comunica pelos homens de Deus. A libertação da escravidão e a conquista da terra prometida tornar-se-ão o ponto central da fé do povo judeu. “O reconhecimento de tais benefícios para Israel e para todos os homens permanecerá sempre a essencial ‘confissão de fé’ do AT” (Lacoste, 2004, p. 719).
Outro sentido da fé era aquilo que dava segurança. Segundo o salmo 36, Deus é digno de fé, pois oferece segurança através de sua fidelidade. Daí tiramos outro sentido.

Fé era vista como fidelidade à algo, aqui a Javé. Ele próprio, como já vimos, é digno de fé por Sua fidelidade às promessas da aliança. O homem que for fiel à essa aliança, pela sua fé, será salvo (Hab 2,4). Por Deus ser fiel, no povo de Israel, “acredita-se então na palavra de Deus ou aceita-se sua autoridade” (Mackenzie, 1983, p. 341).

A fidelidade é de onde surge a fé, e é para onde ela deve ir.
Encontramos isso em Abraão. Ele e sua mulher, mesmo sabendo que não poderiam ter filhos, creram na promessa de Javé. Abraão aceitou a promessa com confiança e assim creu no poder, vontade e fidelidade de Deus (Gn 15,1ss). 

Referencia:





Fé segundo a Igreja Evangélica

Dado o sentido de "pela fé" no original grego, é mais acurado falar de fé como um instrumento do que uma condição da justificação e salvação, porque uma condição geralmente denota uma qualidade meritória por amor à qual um benefício é conferido. Somos justificados não meramente pela fé, mas pela fé em Cristo; não por causa daquilo que a fé é, mas por causa daquilo a que a fé se apega e recebe. Nós não somos salvos para crêr, mas por estar crendo. Na aplicação da justificação, a fé não é um construtor, mas um contemplador; ela não tem nada para dar ou alcançar, mas tudo para receber. A fé não é a base nem a substância de nossa justificação, mas a mão, o instrumento, o vaso que recebe a dádiva divina oferecida a nós no evangelho. "Assim como um mendigo, que estende sua mão para receber um pedaço de pão, não pode dizer que fez por merecer a dádiva que lhe foi concedida", escreveu Herman Kuiper, "também não podem os crentes afirmar que mereceram a justificação, só porque abraçaram a justiça de Cristo, graciosamente oferecida a eles no Evangelho". [13]

A distinção entre essas duas visões não é meramente semântica; é fatal considerar a fé como um pré-requisito que o pecador pode satisfazer por um ato de sua própra vontade para ser salvo. Num caso desse, o homem na realidade torna-se seu próprio salvador. Pior ainda, tudo depende então da pureza e força ou perfeição da fé do pecador. Ao contrário, a Escritura ensina que o que está em jogo é o próprio caráter da fé: a fé é uma obra do homem ou o dom de Deus? A questão é respondida decisivamente pelo Apóstolo Paulo: "Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nEle, como também padecer por ele" (Filipenses 1:29; veja também Efésios 2:8; ênfase adicionada). A justificação é recebida na forma de fé, visto que agrada a Deus justificar um pecador concedendo-lhe fé". [14]










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