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terça-feira, 2 de abril de 2013

A lealdade de nossas ações




13/03/2013

         A lealdade difere da fidelidade, pois esta é uma relação baseada na fé. Se entre duas pessoas há entendimento de fé mutua e recíproca, há fidelidade. Se, entre duas pessoas, há comunhão de objetivos e se, no enfrentamento destes com a realidade os objetivos ainda são válidos – porque derivam de um princípio superior – há lealdade.

         Não pode haver lealdade plena sem fidelidade ou fidelidade plena sem lealdade: não são a mesma coisa, mas se completam. Ou seja: de nada vale uma fé que não possa resistir às adversidades do tempo, a ponto de se tornarem princípios que guiem nossas vidas. Igualmente, de nada valem princípios adquiridos por meros hábitos se não revelarem uma fé na capacidade do homem seguir as leis divinas.

Quando digo “de nada vale”, não quero dizer que uma pessoa não consiga ou não deva viver assim. Ao contrário, parece-nos hoje que a maior parte da humanidade vive ora numa fé irrefletida ora se baseando em princípios de vida puramente materialistas. Ao dizer que viver só num ou noutro de nada vale, dizemos que não adianta, para aqueles que aqui estudam, viver sem um sentido e um objetivo de vida que nos melhorem enquanto pessoas e nos aproximem de Deus.

São Tomás de Aquino nos ensina que para uma ação ser considerada boa, ela deve ser boa em suas intenções, em sua execução e em seus resultados. É, portanto, para evitar aquele caminho pavimentado de boas intenções, que é por sinal o do Inferno, que devemos estudar, rezar e acreditar: é preciso ter fé nos irmãos e ser leal ao nosso coração; é preciso agir no mundo (com todos os seus horrores) com a certeza de que a centelha divina nos criou.

Nesta comunhão de vida prática e fé, nossa vida pode ser lida de uma nova forma, adquirindo um sentido maior, como se de relance pudéssemos passar os olhos pelos escritos da Providência.

Érick Luiz Wutke Ribeiro


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